bottega portosepolto

 

 

Il mondo, in quanto stato di cose, zittisce il Poeta.

Il Poeta, come stato d’essenze, zittisce il mondo.

In questo silenzio, non vi è dialogo, s’agita il Verbo di Dio.

 

[O mundo, enquanto estado de coisas, cala o Poeta. / O Poeta, como estado de essências, cala o mundo. / Neste silêncio, não há diálogo, concita-se o Verbo de Deus.]

 

 

 

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Cosa Visuale

 

Nella stazione marittima transitano pesci a banchi per aria

Sono pesci diluiti in alcol di cielo

Che negli atomi volatili si agitano

Ne inspiro di ogni specie

Trattengo nei polmoni segreti oceanici

Passano donne giroscopiche con cesti pieni di pesce

Di pesce

Fresco – Morto

E da ogni parte un’ingegneria intima

Di suoni, colori, forme, odori e movimenti

Sequenze propagate che fanno vita

Non ho madre; ma amo i moli dove invoco gli Orizzonti

E mi discontinuo da me

Attraverso luoghi multipli

Quando il Sole di acque nere esplode in una luce limosa

Visito il sonno sacro dei cervi nella foresta di vetrate

Qualcuno in me o finanche un altro, si sveglia nelle nevi rosse dove giocano gli angeli

Nella stazione marittima

Mi attracco

Mi posteggio

E parto sempre nuovo a scoprire altri Mondi

 

[Coisa Visual // Na gare marítima passam cardumes pelo ar / São peixes diluídos em álcoois de céu / Que nos átomos voláteis se agitam / Inspiro–os de todas as espécies / Sustenho nos pulmões segredos oceânicos / Passam mulheres giroscópicas com cestas de peixe / De Peixe / Fresco – Morto / E por toda a parte é uma engenharia íntima / De sons, cores, formas, odores e movimentos / Sequências propaladas a fazer vida / Não tenho mãe; mas amo os ancoradouros onde invoco os Horizontes / E me descontinuo de mim / Por lugares múltiplos / Quando o Sol de águas negras explode numa luz limosa / Visito os sonos sacros dos gamos na floresta de vitrais / Alguém em mim ou até outro, desperta nas neves vermelhas onde brincam os anjos / Na gare marítima / Atraco–me / Estaciono–me / E parto sempre novo a descobrir outros Mundos]